Aspectos clínicos e epidemiológicos de de portadores de hepatites crônicas virais e autoimunes em um ambulatório escola do Sul de Santa Catarina.
Date
2020Metadata
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Introdução: A hepatite crônica tem como definição uma patologia necroinflamatória do fígado que possui seis meses ou mais de duração. Suas várias etiologias representam um relevante problema no âmbito da medicina e da saúde pública, e são causas importantes de morbimortalidade no cenário mundial. Objetivos: Analisar os aspectos clínicos e epidemiológicos de pacientes portadores de hepatites crônicas virais e autoimunes em um ambulatório escola do sul de Santa Catarina. Métodos: O estudo tem um caráter observacional com delineamento transversal e teve como base a análise dos prontuários de pacientes atendidos com hepatites crônicas virais ou autoimunes de uma universidade do Sul de Santa Catarina. Resultados: Foram analisados 55 prontuários de pacientes que possuem hepatite crônica de etiologia viral ou autoimune. A idade média dos participantes é de 57,9 anos. A etiologia mais prevalente foi a hepatite C (56,4%), seguida pela hepatite B (34,5%), hepatite autoimune (HAI) (3,6%), cirrose biliar primária (CBP) e um caso de HAI associada à CBP (resultaram em 1,8% cada). Cerca de 56,4% dos participantes eram do gênero masculino, sendo 69,1% casados e 56,4% com procedência de fora do município de Tubarão. Dos genótipos do HCV, o mais prevalente foi o 3 (40,6%). O tratamento mais utilizado nos pacientes que possuem hepatite C crônica foi a associação de Sofosbuvir + Daclatasvir (28,1%). Na hepatite B se pode observar que o mais prevalente foi o Tenofovir (55%). Todos os pacientes com HAI utilizaram Prednisona, assim como aqueles com CBP e em um caso de HAI e CBP associado, utilizaram Ursacol. Aproximadamente 25,5% dos pacientes possuíam cirrose, com idade média de 59,3 anos, destes 71,4% eram do gênero masculino e 50% eram casados. Dos participantes, 50% possuem cirrose devido o HCV, tendo como genótipo mais prevalente o do tipo 3 (62,5%), e 28,6% cirrose por HBV. Um total de 57,1% dos pacientes referiram descompensações sendo as mais comuns hemorragia digestiva alta (HDA) (28,6%) e ascite (14,3%). Soube-se que 14,3% dos participantes com cirrose hepática possuíam diagnóstico de carcinoma hepatocelular (CHC). Cerca de 64,3% eram classificados como Child A. Incluindo todos os participantes, 30,9% realizaram endoscopia digestiva alta (EDA), destes 16,4% possuíam varizes esofágicas, sendo 40% de fino calibre e 40% de médio calibre. Conclusão: É necessário estudar as particularidades clínicas e epidemiológicas dos portadores das diferentes hepatites para melhor elucidação da patologia, sabendo atuar de uma maneira adequada na prevenção, no diagnóstico, no tratamento e nos cuidados para evitar complicações da doença.
Keyword
hepatite crônicacirrose hepática
hepatite C
hepatite B
hepatite autoimune
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Ciências da SaúdeCollections
- Medicina - Tubarão [245]
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