Restos e devires (im)profanáveis: um olhar político sobre a série The Walking Dead
Date
2016xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-advisor
Author
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O presente estudo tem como objeto recortes das seis primeiras temporadas da série televisiva The Walking Dead e como tema tem-se a dicotomia homem/walker. O seriado dá visibilidade a uma separação de existências que se tornam próximas de acordo com algumas teorias político-filosóficas. Nesta pesquisa, foram perscrutados a mise-en-scène, os planos, as sequências, a diegese, dentre outros componentes do seriado, para assim, pontuar os fragmentos que destacam os elementos que foram apresentados no decorrer do trabalho. Desse modo, a partir da filosofia política contemporânea, foi analisada a relação homem/walker, considerando o devir-walker do homem, e os restos humanos do walker, como elementos de testemunhos biopolíticos. Também se fez necessária a investigação das (im)profanações nas formas de visibilidade da trama, considerando a vida, nua por meio da biopolítica, objeto de consumo material e imaterial, sendo reflexo do capitalismo contemporâneo na narrativa. Para tanto, esquadrinhou-se o estado de exceção em que vivem os personagens da série, que os caracteriza como homines sacri, na forma de sua matabilidade. Essa característica sacra, e, ao mesmo tempo, maldita, se mostrou presente nos sobreviventes diegéticos e, a partir disso, pode-se constatar as formas de disjunção e junção das existências, por meio das relações rizomáticas e da profanação do improfanável.
Keyword
BiopolíticaVida sacra
The Walking Dead