O papel do exercício físico aeróbio na prevenção das alterações do sistema nervoso central em modelo animal de sepse

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2016xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-advisor
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Introdução: Sepse é conceituada como uma síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) decorrente de infecção, sendo esta comprovada ou não. Mesmo após a alta, os pacientes sobreviventes a sepse apresentam elevada taxa de mortalidade e comprometimento de algumas funções cognitivas. Estudos demonstram a influência positiva do exercício regular no funcionamento cognitivo cerebral favorecendo angiogênese, neurogenese e sinaptogenese assim como atenuação do prejuízo sobre a memória de memória de longo e curto prazo pela erradicação ou diminuição de peroxidação lipídica em hipocampo e córtex pré-frontal. Objetivo: Avaliar os efeitos de um protocolo de exercício físico aeróbio na prevenção de alterações no SNC em um modelo animal de sepse. Métodos: Foram utilizados camundongos machos C57BL/6 com 28 dias, entre 20-25 g. Os animais foram submetidos a um protocolo de exercício físico aeróbio moderado por oito semanas. Aos 88 dias após a indução de sepse por LPS, os animais foram distribuídos nos seguintes grupos (n = 10): 1) PBS + não exercitado; 2) PBS + exercitado; 3) LPS + não exercitado; 4) LPS + exercitado. Depois de 10 dias os camundongos foram submetidos aos testes de memória e aprendizado. Após os testes comportamentais, os animais foram sacrificados sendo o córtex pré-frontal, estriado, hipocampo, cerebelo e córtex removidos e armazenados para análises posteriores de peroxidação lipídica e carbonilação de proteínas e tióis livres. Resultados: O grupo LPS + exercitado não apresentou comprometimento da memória e do aprendizado e apresentou menores concentrações de MDA no córtex total, hipocampo, estriado e cerebelo; proteínas carboniladas diminuídas em córtex total e hipocampo e aumentadas concentrações de tióis livres em córtex pré-frontal e córtex total, quando comparados com LPS + não exercitados. Conclusão: A realização do exercício aeróbio moderado preserva a função cognitiva (memória e aprendizado) em insultos sépticos, e a redução do dano oxidativo, parece mediar pelo menos em parte o efeito do exercício físico.