As estruturas de sentido no horário nobre: análise das personagens Flora e Donatela na novela a favorita sob as perspectivas da classificação das personagens e semiótica da narrativa
Data
2010Metadados
Mostrar registro completoResumo
São poucas as pesquisas em relação à classificação das personagens e da semiótica da narrativa aplicadas à teledramaturgia, por isso optou-se por essa temática na presente Dissertação. Na telenovela, as personagens desempenham funções importantes para o desencadeamento da narrativa, movendo as ações e construindo um processo de significação necessário para o entendimento da história. Os estudos das classificações das personagens abordam algumas categorias que reforçam as suas funções nas tramas e subtramas. É com estas categorizações que se reconhece a complexidade de uma personagem, sendo esta plana, redonda, caricata, herói, anti-herói, entre outras. A semiótica da narrativa contribui para o entendimento neste processo de significação. Nela são identificados os níveis fundamental, narrativo e discursivo, responsáveis pelo percurso gerativo de sentido na narração. Diante disso, o Objetivo Geral desta Dissertação consiste em: “Analisar, com base nas classificações das personagens de ficção e na semiótica da narrativa, as estruturas de sentido produzidas pelas personagens Flora e Donatela, da telenovela A Favorita, exibida pela Rede Globo no ano de 2008.” São comparados dois momentos desta narrativa, o antes e o momento/depois da revelação de quem era a assassina, para verificar as características das personagens e o percurso de sentido nestes dois momentos. A metodologia utilizada consiste em um estudo de caso com análise qualitativa descritiva, realizada por meio da técnica de análise de conteúdo. As cenas em que são visualizadas as ações de Flora e Donatela são descritas para tecer a análise, que se constitui em blocos distintos: os dois primeiros agrupam os sete primeiros capítulos analisados. Os outros dois blocos apresentam as cenas e os perfis de ambas as personagens durante os capítulos de 53 a 59, relativos à semana em que foi revelada a identidade da verdadeira assassina. As considerações finais expõem que, diante das significações (ou percurso gerativo de sentido) produzidas pela personagem Flora, o telespectador entendia que ela estava falando a verdade e era a heroína da história, fato que é revertido após a revelação.
Palavra-chave
TelenovelaClassificação das personagens
Semiótica da narrativa