Drácula transmutado: estudos sobre tradução e inventividade estética
Date
2009Metadata
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O termo tradução intersemiótica foi cunhado por Roman Jacobson para classificar aquele tipo de tradução que se faz de um meio para outro. Encaixa-se neste conceito, por exemplo, a adaptação de uma obra literária para o cinema. No desenvolvimento de obra homônima, Julio Plaza chega a afirmar que o processo de tradução intersemiótica, aplicada à produção estética, é um processo de transmutação sígnica, de recriação. Este tipo de tradução, portanto, admite a possibilidade de uma determinada inventividade estar declaradamente ligada a outra anterior. Tal admissão é recorrente no atual momento da produção estética, muitas vezes chamado de pós-modernismo, que se contrapõe ao período modernista anterior, que buscava desligar-se de toda a produção do passado. Com a motivação de entender melhor o processo criativo humano e o que se chama de pós-modernidade, a presente dissertação estuda a ressonância de vozes de outros autores em uma produção estética, seja esta produção uma adaptação fílmica de uma obra literária, seja ela uma produção não intencionalmente ligada a outra, comparando ambos os casos. Como antigos textos são reinscritos em uma “nova” textualidade? Como os signos de uma determinada cultura se cruzam? Para atingir tais objetivos usaremos como corpus o livro Drácula e o filme Drácula de Bram Stoker, fazendo uma análise de conteúdo de ambos. Serão estudados os conceitos sobre pós-modernismo, linguagem, estética, escritura, inventividade, além da própria tradução intersemiótica. Para isso, utilizaremos fortemente a semiótica e teorias pós-estruturalistas da linguagem encontradas em autores como Plaza, Peirce, Barthes, Derrida, Foucault, dentre outros.
Keyword
AdaptaçãoCriatividade
Drácula
Pós-Modernismo
Semiótica