Prevalência de diabetes Mellitus auto referida e os fatores associados nas capitais do Sul do Brasil no ano de 2014

Abstract

O estudo teve como objetivo analisar a prevalência de Diabetes Mellitus autorreferida e os fatores associados, nas capitais dos Estados do sul do Brasil em 2014. Estudo transversal, avaliou a população de adultos, ambos os sexos, servidos por linha telefônica fixa, entrevistados em 2014 pelo Sistema de Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Os dados foram obtidos através do acesso aos microdados, do Ministério da Saúde, processados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e analisados estatisticamente pelo programa SPSS 18.0, utilizando o teste de Qui-quadrado. A medida de associação é a razão de prevalência, com intervalo de confiança (IC95%) e p<0.05. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina. A prevalência de DM nas três capitais da região sul foi de 12%. Predomínio do sexo feminino, com idade superior a 40 anos, cor branca, com companheiro, mais de 9 anos de estudo e com plano de saúde. Com estado de saúde ruim (30,4%), pressão alta (35,9%) colesterol e triglicerídeos elevados (27,8%), uso regular de álcool (35,2%), e cigarro (12,1%), praticam exercício físico (44,5%), consomem refrigerantes (58,8%), não consomem frutas legumes e verduras (41,2%), consomem doces (20,2%) substituem refeição por lanche (34%). Houve associação com significância estatística entre Diabetes Mellitu e idade superior a 40 anos, escolaridade inferior a 8 anos, sedentarismo, estado de saúde ruim, pressão arterial, colesterol e triglicerídeos elevados, sobrepeso e obesidade. Os resultados mostraram que a ocorrência de DM esteve associada a fatores modificáveis e não modificáveis. Apontando a necessidade de mudanças comportamentais como estratégias para prevenção e controle da DM e suas complicações.