Evolução temporal da prematuridade no Brasil de 2004 a 2014
Abstract
Objetivo: O aumento da prematuridade no Brasil nos últimos anos é um indício da má qualidade do suporte à gestante no pré-natal e durante o parto. Objetivou-se demonstrar o perfil da evolução temporal da prematuridade no Brasil de 2004 a 2014, para dessa forma, conhecer a realidade dos partos prematuros brasileiros e avaliar o desempenho do sistema de saúde.
Método: Trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento ecológico. Através do SINASC, obteve-se os dados de nascidos vivos prematuros de 2004 a 2014 e, para posteriores comparações, dados de RN a termo, para o mesmo período e região, totalizando 29.593.385 casos. Foi selecionada a abrangência geográfica Brasil por Região. Calculou-se a taxa de prematuridade por 1.000 nascidos vivos e a tendência temporal através de regressão linear.
Resultado: Houve uma tendência temporal de aumento linear de prematuridade. As taxas aumentaram em todo o país, com pico em 2012 (11,8%). Até 2010, Sul e Sudeste lideraram a prematuridade. A partir de 2012, os maiores valores foram encontrados na região Norte. Os extremos de idade, analfabetismo e ausência de pré-natal esteve mais presente em mães de prematuros. Houve aumento dos prematuros nascidos mais próximos ao termo. A taxa de cesarianas elevou-se durante o período, e esse aumento correlacionou-se com o aumento da taxa de prematuridade (R=0,88).
Conclusão: Houve aumento das taxas de partos prematuros no Brasil no período estudado. Prematuros nascidos entre 32 a 36 semanas e partos cesáreos apresentaram aumento linear durante o período de estudo.
Keyword
Nascimento prematuroIdade gestacional
Idade materna
Mortalidade perinatal
Consulta pré-natal
Cesariana
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Ciências da SaúdeCollections
- Medicina - Tubarão [245]
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