Perda auditiva e qualidade de vida de indivíduos acompanhados em dois ambulatórios no Sul de Santa Catarina

Abstract

Introdução: A diminuição da capacidade auditiva no processo de envelhecimento traz prejuízo à função auditiva e cognitiva, diminui a qualidade do processamento auditivo central, altera a compreensão e pode interferir nas relações sociais. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos indivíduos com dificuldade auditiva acima de 50 anos acompanhados por dois ambulatórios da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, Tubarão-SC. Método: Estudo observacional com delineamento transversal, realizado com 41 indivíduos acompanhados no Ambulatório de Geriatria e Ambulatório de Saúde do Adulto da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Foram aplicados dois instrumentos validados sobre qualidade de vida, o World Health Organization Quality of Life, versão abreviada e o Tinnitus Handicap Inventory, e um protocolo elaborado pelos pesquisadores. Avaliou-se o limiar auditivo por meio do exame de audiometria. Resultados: Houve prevalência de 82,9% de perda auditiva neurossensorial, predominantemente de grau moderadamente severa (31,7%), 51,2% presença de zumbido. Os resultados da avaliação da qualidade de vida no WHOQOL-Bref teve menores escores o domínio físico (61,02) e os melhores o domínio psicológico (71,42). Quando comparado o grau de perda auditiva com o grau do escore do THI não houve diferença estatística, porém observou-se que os indivíduos com grau maior de perda auditiva apresentavam escore maior no THI. Não houve significância estatística entre os escores dos domínios do WHOQOL-Bref e as avaliações audiológicas, porém observou-se pior qualidade de vida nos indivíduos com perda auditiva. Conclusão: Os indivíduos que apresentaram perda auditiva tiveram escores mais baixos de qualidade de vida. Os escores do THI foram piores nos indivíduos com grau maior de perda auditiva. Palavras-chave: Envelhecimento, Qualidade de Vida, Deficiência auditiva, Zumbido.