O perfil da violência e a tendência temporal da mortalidade por violência no estado de Santa Catarina, no período de 2008 a 2016.
Data
2018Metadados
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Os óbitos causados por violência têm impacto significativo nos gastos públicos e perdas em produtividade. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, com dados de 7746 indivíduos vítimas de violência fatal com o objetivo de analisar o perfil e a tendência temporal da mortalidade por violência em Santa Catarina, no período entre 2008 a 2016. Considerou-se o ano de ocorrência a variável independente (2008 a 2016) e o sexo, faixa etária, estado civil, etnia, macrorregião, meio utilizado para consumar o óbito e local da morte como variáveis dependentes. Para cada série foi calculada a taxa média, o coeficiente de determinação das séries por análise bivariada (R2), a variação media anual dos valores das séries (β) a partir de regressão linear de Pearson, e o valor de p da relação tempo-evento a partir de análise de variância (ANOVA). A maioria dos óbitos ocorreu no sexo masculino (89% dos casos), entre solteiros (80%) e na faixa etária dos 19 aos 39 anos (mais de 50%). A arma de fogo (61%) e a via pública (39%) foram respectivamente o meio e o local mais prevalentes entre os óbitos por violência. As macrorregiões mais violentas foram Florianópolis, Nordeste e Foz do Itajaí. A tendência de mortalidade por violência cresceu em todas as faixas etárias, no sexo feminino, entre os solteiros, entre negros/pardos e nas regiões Grande Oeste, Sul, Nordeste e Serra Catarinense. Esse estudo permitiu identificar grupos e regiões prioritárias para o desenvolvimento de estratégias de prevenção à violência, que justificam intervenções imediatas.
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- Medicina - Pedra Branca [191]
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