Avaliação do quociente de empatia em estudantes de medicina em uma universidade do sul de Santa Catarina

Abstract

Este artigo visou avaliar os níveis de empatia em estudantes de Medicina de uma Universidade do Sul de Santa Catarina. Trata-se de um estudo observacional transversal, onde foram aplicados questionários, um com informações sociodemográficas e outro que avaliou a empatia, composto por 15 questões. Participaram desta pesquisa 365 alunos, da 1ª a 10ª fase. A maioria dos estudantes que responderam os questionários eram do sexo feminino (59,73%) e solteiros (95,90%), com média de idade de 22,44 anos (dp ±3,01). O escore médio para a empatia global resultou em 42,09 (dp ±4,91) pontos; para empatia cognitiva 14,25 (dp ±2,77) pontos, para a reatividade emocional 16,09 (dp ±2,31) pontos e para as habilidades sociais 14,75 (dp ±2,50) pontos. Verificou-se por meio de testes estatísticos que não houve diferença na média do quociente de empatia global (p-valor >0,05) quando relacionada com o sexo dos participantes. Para as dimensões da empatia, reatividade emocional (p-valor<0,05) e habilidades sociais (p-valor<0,05) constatou-se diferença das médias do escore em relação ao sexo. Não existe diferença estatisticamente significativa quando o estado conjugal é relacionado com a empatia total (p-valor> 0,05). A empatia global também foi relacionada com a fase que o estudante se encontrava por meio de um modelo de regressão linear. Apesar de não haver diferença significativa entre as médias dos alunos por fase, os dados indicaram uma tendência a diminuição da empatia com os passar das fases. Portanto, novos estudos são necessários para corroborar os resultados tendo em vista a importância da empatia na formação médica.