Danças circulares sagradas: a contribuição de Bernhard, Maria Gabriele Wosien e a imagem do corpo-dançante a sobrevivência das danças circulares
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2019xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-advisor
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A dança é uma manifestação artística e cultural anacrônica, pois atravessa todos os tempos históricos da humanidade, desde os primórdios. Sua sobrevivência se dá por sua adaptabilidade e por estar sempre se reinventado diante todas as transformações sociais pelas quais a existência humana está sujeita. Visto que a dança pode ser analisada por diversos enfoques, propõe-se um recorte e enfoque na Dança Circular Sagrada (DCS). A DCS surgiu no final do século XX, mas sua matriz carrega resquícios e características que a aproximam de danças milenares, como as danças tradicionais ou dança dos povos. Assim, buscou-se investigar a sobrevivência e como se deu o processo de apropriação e ressignificação da dança tradicional dos povos para criação da DCS, teoria/pedagogia idealizada por Bernhard e sua filha Maria Gabriele Wosien (M-G. Wosien). Para tanto, traçou-se como objetivo investigar a contribuição da DCS e dos registros imagéticos e textuais no processo de sobrevivência das danças circulares tradicionais. O interesse da pesquisa partiu em especial da inquietação: “Qual o papel da DCS na sobrevivência e ressignificação da dança de roda e de que modo a imagem do corpo-dançante podem atuar como dispositivos de memória e de tradição?”. Com esse direcionamento, foi feita uma incursão nos referenciais bibliográficos e nos registros imagéticos que nos remetem à dança, em especial à dança circular e tradicional. Partindo dos pressupostos de Aby Warburg, de que as imagens são grandes portadoras e transmissoras de memória, as imagens foram destacadas e, aliadas dos registros textuais, contribuíram na elaboração de uma historiografia e pequeno atlas de imagem sobre a dança circular. As leituras e análise das imagens possibilitaram a constatação de que a dança circular é uma das manifestações mais antigas criadas pelo ser humano. Os registros imagéticos do corpo-dançante permitem que se visualize um rastro de história, memórias e tradições ligadas a rituais sagrados e pagãos de nossos ancestrais. Esses registros nos conduziram pelas trilhas históricas da dança circular, desvelando-nos uma presença contínua, embora oscilante, por toda nossa trajetória histórica. Concluímos que o corpo-dançante é um instrumento vivo de memória, por meio dos gestos coreografados, repassados nos grupos, e dos registros imagéticos, rastros de nossa história cultural sobrevivem ao tempo e às mudanças sociais que não sessam de acontecer a todo momento. Do mesmo modo, inferimos que a busca pelo sagrado ou por algo que transcenda é muito forte no ser humano e a dança que, de um modo ou de outro, sempre esteve vinculada à essa busca.
Keyword
História da dançaDança circular sagrada
Teorias da imagem
Corpo-dançante
Sobrevivência.
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Linguística, Letras e ArtesCollections
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