Avaliação do p-cimeno em um modelo experimental de autismo induzido por lipopolissacarídeo em ratos Wistar
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2019xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-advisor
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Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por prejuízos na interação social recíproca, estereotipias, interesse restrito e déficits de memória. A ativação imune materna (AIM) em animais expostos ao lipopolissacarídeo (LPS) no nono dia e meio gestacional (GD9,5) é capaz de promover comportamento doentio tipo-autista. Busca-se novas alternativas terapêuticas a partir de plantas medicinais a fim de melhorar estes sintomas. Entre as mais diversas alternativas, destaca-se o p-cimeno, o qual tem apresentado resultados positivos no tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento crônico do p-cimeno sobre respostas comportamentais e de memória e a sua possível capacidade moduladora de citocinas pró-inflamatórias em ratos Wistar expostos no período pré-natal ao LPS.
Métodos: A fim de proceder com a AIM, as fêmeas prenhes de Ratos Wistar receberam no GD9,5 uma única injeção intraperitoneal (i.p.) de LPS. Os machos da prole caracterizaram-se com sintomas tipo-autistas e o grupo salina recebeu injeção i.p. de NaCl 0,9% (SAL). Após o desmame, tratou-se o grupo LPS e SAL de maneira crônica com as substâncias: salina, risperidona ou p-cimeno. Foram realizados na prole testes comportamentais e de memória no PND52 e PND53 e as citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β e IL-6) dosadas em PND54 após morte e dissecação das estruturas encefálicas (córtex pré-frontal e hipocampo).
Resultados: A administração de LPS foi capaz de promover sintomas tipo-autistas na prole. A administração crônica de p-cimeno reduziu a atividade locomotora exploratória e normalizou o comportamento estereotipado. Contudo, o p-cimeno não alterou a memória destes animais. As análises bioquímicas realizadas no córtex pré-frontal e hipocampo revelaram que cronicamente a risperidona e o p-cimeno possam estar agindo de maneira pró-inflamatória.
Conclusão: O tratamento crônico com o p-cimeno não alterou o comportamento e a memória de ratos Wistar expostos no período pré-natal ao LPS. Sugere-se que os efeitos pró-inflamatórios encontrados através de análises bioquímicas possam estar sendo promovidos pelos metabólitos secundários do p-cimeno.
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p-cimenoTranstorno do Espectro Autista
Ativação Imune Materna
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Ciências da SaúdeCollections
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